sábado, 28 de junho de 2008

Frases Históricas (ou não)

O ano de 1999 entrou para a história da humanidade. Nesse ano, o melhor filme de todos os tempos The Matrix foi lançado, o Napster e o MSN foram criados, o mundo chegou a 6 bilhões de habitantes, e Hugo Chapolim se tornou o presidente da Venezuela (não contavam com minha astúcia!). Grandes jogos como Final Fantasy VIII, Tony Hawk's Pro Skater, Gran Turismo 2, Unreal Tournament e Baldur's Gate também saíram em 99.

Mil, novecentos e noventa e nove também foi um ano de medo, muito medo. Enquanto uns se preparavam para o famoso Bug do Milênio, outros acreditavam que o fim do mundo aconteceria no ano seguinte. Vixe!

O fim do mundo nunca esteve tão próximo.

Mas o que pouca gente sabe é que, nesse mesmo ano de 1999, a pior turma de todos os tempos da Computação da UFSC iniciou sua caminhada rumo ao topo, quer dizer, rumo ao fundo do poço dos anais da renomada Universidade Federal de Santa Catarina, a UFSC. A infamosa 992 obteu essa façanha inimaginável sendo a turma onde menos pessoas se formaram no tempo certo da história do curso.

Mas por que diabos eu estou falando sobre isso? Elementar, meu caro Wilson. Eu sou um dos membros avantajados da legendária e lendária 992.

A pior camisa de todos os tempos

Durante o tempo em que estive cursando Computação, desenvolvi um estranho hábito. Não, não estou falando do estranho hábito de escrever em um blog, nem do estranho hábito de programar em Orientação à Objetos. Estou falando de anotar frases bizarras e/ou engraçadas ditas pelos professores.

Durante as aulas "excelentes" e quase artisticamente bem-ministradas, eu passei a anotar qualquer coisa esquisita dita pelos professores na contra-capa do meu caderno. No final de cada semestre, espalhava a mer**, digo, as frases anotadas, pra lista de e-mails da computação, também conhecida como Comp.

Antigo pergaminho com frases anotadas.

Após alguns semestres, a moda pegou e outros bastardos da 992 passaram a colaborar com as pérolas. Depois, o membro avantajado Cabeça (vulgo Juliano) teve a boa idéia de criar uma página reunindo todas as frases anotadas.

Então, caro leitor, apresento as bizarrices que nós anotamos durante muitos, mas muitos anos de curso. Algumas destas são inéditas e nunca antes publicadas, tiradas diretamente dos meus cadernos velhos. Se você está pensando em cursar Computação, não se assuste, algumas frases até fazem sentido dentro do contexto certo. Qualquer semelhança com fatos ou pessoas reais é mera coincidência. Ou não.


"Na verdade, a variação da precisão é uma coisa relativa"
- Peters, na aula de Analise Numérica I (onde tudo começou)

"Se o meu carro está no estacionamento, então eu estou na faculdade"
- Mauro, por Modus Ponens

"Então, o que era hoje, amanhã pode ser ontem."
- Mauro, prevendo o futuro

"Vejam só!!! Jesus está presente na aula de hoje!!!
- Carmen, ao constatar que Jesus tinha vindo de intercâmbio da Espanha

"Jesus está sempre presente"
- Edvardo, durante a chamada, após a confirmação de presença de Jesus

"Aí a gente podia fazer um Paintbrush, quer dizer, um Brainstorm."
- Edvardo, em momento de pura inspiração

"Depois que inventaram a desculpa, ninguém mais apanhou no mundo."
- Edvardo, na legendária discussão virtual com o P7

"Ô Grande! Tu é grande mas não é dois!"
- Robert, desafiando o falecido Grande para um duelo

"Grande, quê que tá pegando? Então solta que tá doendo!"
- Robert, testando a sorte com o Grande

"Minha rosca nem cosquinha faz mais!"
- Robert, o Insensível

"Então vocês podem ver que um sobre x ao quadrado mais um é diferente de um sobre x ao quadrado mais um"
- Dr. Raitz, mostrando seus conceitos avançados

"A questão é impossível de resolver"
- Dr. Raitz, corrigindo uma prova e testando a paciência de suas cobaias

"Aqui eu incrementei de quatro"
- Lúcia, em posição desconfortável na aula de assembly

"Façam silêncio, senão acorda o pessoal"
- Luis Cláudio, pedindo a atenção dos que ainda estavam acordados

"Zero é um quando o resultado é zero!"
- Luis Cláudio (na transparência)

"Mas nem todos os desvios desviam!"
- Luis Cláudio, mostrando que nem sempre as coisas são como parecem ser

"Um mais um pode ser maior que dois".
- Fletes, mostrando a exatidão da estatística

"A bisnaga dá pra vários cus... já o envelope, dá pra 2 cus".
- Fletes, falando estatisticamente sobre a utilização de lubrificantes anais nos motéis

"Isso pode ser observado nos países avançados... como a Europa!!"
- Fletes, mostrando que outros países ainda estão bem atrasados

"Alguém tem um pergunta inteligente?"
- Raul, após uma série de perguntas idiotas da mesma pessoa

"Alguém tem uma metralhadora?"
- Raul, ao perceber que o imbecil-mor da sala continuava a fazer perguntas idiotas

"Um joguinho de futebol eu sento e faço em uma tarde"
- Rosvelter, o Desportista

"Meu primeiro computador eu fiz usando as peças de uma tv antiga desmontada"
- Rosvelter, o Inventor

"Mas o que é batalha naval ?"
- Rosvelter, ao constatar que não teve infância

"Mas o que é uma estrada?"
- Mariani, levantando dúvidas sobre o que realmente é uma estrada

"Pessoal, vamos manter o nível de concentração."
- Arthur, vulgo Deus, pedindo silêncio

"Ahá... peguei vocês!"
- Arthur, três segundos após sair da sala de aula, deixando uma turma inteira fazendo prova sozinha

"Tem coisas que têm limite, e SACO é uma dessas coisas."
- Olinto, com o saco quase estourando

"A intuição também é um algoritmo."
- Olinto, sobre as gramáticas do corpo humano

"Eu vou fazer qualquer combinação de misturas."
- Olinto, simplificando a matéria

"Wireless. Wireless quer dizer tudo e não quer dizer nada."
- Dantas, dizendo tudo e não dizendo nada sobre redes sem fio

"É igual ao feijão do RU: é chuá chuá plim plim."
- De Lucca, mostrando que aprecia a refeição universitária

"Nem todos os computadores na natureza são de mesa."
-Barreto, vulgo Papai Noel, pensando sobre os presentes que ia dar no Natal

"Ah, eu vou gozar..."
- Barreto, num momento de êxtase durante a aula

"É assim? É deste tamanho que você gosta?"
-Barreto perguntando sobre as preferências sexuais do P7

"Uma torradinha com comida de gato em forma de patê de coelho e um whiskyzinho... É muito jóia!!"
-Barreto, fanático pela comida dos seus bichanos

"Paguei R$ 80,00 por uma consulta pro médico me dizer que eu estou gordo... Disso eu já sabia."
- Barreto, desiludido com a Medicina

"Me dá nojo! Nojo! Sabe o que é nojo? Me dá nojo de ver gente assim!"
- Barreto, mostrando seu amor pelos 992

"Essa disciplina não serve pra nada"
- Barreto, sobre a importância da Tioria

"Tô enchendo o saco de vocês porquê eu quero explicar um troço que ninguém vai entender, e nem mesmo eu entendo, e não vai adiantar nada."
- Barreto, sobre seus métodos avançados de pedagogia

"Eu só acho interessante, uma pessoa bem magrinha, e eu sentando no colo. Isso se chama esmigalhar."
- Barreto, mostrando ser adepto do sadomasoquismo

"Ah, você é baixotinho. Eu queria um de 1,79."
- Barreto, desprezando o Sérgio por ele só ter 1,78m

"O Mauro dá o que eu sempre dei."
- Barreto, querendo levar o Mauro pra irmandade

"Eu durmo nu, fora das cobertas."
- Barreto, sobre o calor que sente quando não está no pólo norte

"Eu prefiro por e-mail, porquê se for impresso a minha empregada vai pegar e vai me botar no lixo."
- Barreto, reclamando dos seus duendes

"No INE, os professores mais normais babam."
-Mazzuco, mostrando que conhece bem seus colegas

"Pra Clara, todo o mundo é formado por objetos..."
-Mazzuco, mostrando que nem tudo é objeto

"A Computação vem caminhando cada vez mais pra não sei aonde"
- Mazzucco, sobre o futuro que nos aguarda

"Tem professores que deveriam morrer"
- Custódio, apresentando a solução para o problema da educação no país

"Zero ou mais passos quer dizer... zero ou mais passos."
- Riso, mostrando em zero ou mais passos que não fazia a menor idéia do que estava falando

"Você aí, por exemplo, está sentado numa posição favorável à conversa. São atitudes como essa que contribuem para a violência lá fora."
- Riso, acusando Fábio Margotti de terrorismo.

"Qualquer aluno aqui pode ter a idéia brilhante de um software que faz pepino nascer em S."
- Verdadeiro Professor de Vigilância Tecnológica, mostrando ao Riso que nós não somos tão burros assim

"Eu tô falando de módulo, mas pode ser uma versão não sei o quê de um não sei o quê aí."
- Cislaghi, falando sobre não sei o quê

"Mesmo que vocês não usem no trabalho de vocês, vocês tem que aprender pra poder usar no trabalho de vocês."
- Cristi sei lá o quê, tia de Pesquisa Bibliográfica, tentando nos convencer de que essa matéria é útil

"Senão o público pega a orelha esquerda, liga com a direita, põe em ventilação máxima, e acabou!"
- Aldo, elogiando uma apresentação de TCC

"Onde é que se desliga essa coisa escrota?"
- Aldo, irritado com o programa que busca vida xenomorfa no espaço

"Aqui a rede tem que ser de alta velocidade, tipo ATM e rede de alta velocidade."
- Willrich, devagar e sempre

"Já tomei um pau enorme dessas coisas aí".
- Professor substitudo de Usabilidade, confessando que já foi abusado sexualmente

"Daí vocês vão tocando, enquanto eu vou fazendo alguma coisa por trás"
- Bosco, sobre... errr... ainda bem que eu não fui nessa aula...

Pra finalizar...

"Isso é a maldita intuição, aquela que te leva pro inferno."
- Júlio, o Filósofo

"E aí a solução está mais ou menos não sei aonde."
- Júlio, o Confuso

"Quem tem calculadora, segura aqui."
- Júlio, o Pornográfico

"Você tem que pegar a raiz direito, senão você converge pra onde? Pro inferno!"
- Júlio, o Conselheiro

"Se prepara, meu amigo, que você está indo pro inferno."
- Júlio, o Profeta

"Ha ha... Francamente..."
- Júlio, o Sincero

"O diâmetro do diabo nunca tem fim!!"
-Júlio, o Cartógrafo

"Depois do inferno, vem o overflow"
- Julio, o Guia Turístico

"Se não bater o diabo da inspiração você está morto."
- Júlio, o Pessimista

"Se detectar um problema, corrige-se. Se não detectar, vende-se."
- Júlio, o Capitalista

"Se você for descendo muito, de repente o teu modelo vira um inferno."
- Júlio, o Cauteloso

"Me dê o zero e o um que eu tiro o tudo e o nada lá de dentro."
- Júlio, o Onipotente

"As outras são melhores, porque aí você já vai direto pro inferno, já abraça o diabo..."
- Júlio, o Conformista

"E aí você já vai pro inferno de uma vez pra não pagar caro pra ir pro inferno."
- Júlio, o Economista

"Se eu tivesse enxergando, não estaria procurando o maldito!"
- Júlio, o Deficiente Visual

"Absolutamente! Eu não ouvi o que você falou."
- Júlio, o Deficiente Auditivo (respondendo uma pergunta)

"Esse é o trabalho do analista: libertar o estágiário desse inferno."
- Júlio, o Abolicionista

"Ô diacho, tira essa trolha daqui!"
- Júlio, o Impaciente

"Quem foi que mandou fazer essa merda aqui?"
- Júlio, o Autoritário (esquecendo de desligar o microfone e dando esporro em alguém do lado de fora da sala)

"Dessa vez eu desliguei o microfone."
- Júlio, o Precavido

"Isso é diabólico pra fazer programação."
- Júlio, o Programador das Trevas

"Duas retas paralelas se cruzam no inferno!!"
- Júlio, desvendando um dos mistérios da matemática

"Como o semestre acabou e ainda temos meia hora, vou provar matematicamente a existência dos 5 cavaleiros do apocalipse!! Eles existem!!!"
- Júlio, num momento histórico da aula de Análise Numérica II

"Euler tinha 13 filhos... Destes, morreram 9. Mas mesmo assim o cara continuou produzindo!!!"
- Júlio, o Pornô, explicando por movimentos sexuais o fato de que Euler era um dos únicos matemáticos que não era viado e 'produzia' sempre

"Me deu vontade de enfiar aquele chinelo guela abaixo naquele idiota!!!"
- Júlio, depois de contar que saiu de casa unicamente pra comprar um
chinelo pro filho e este ignorou o presente do pai, achando que as havaianas
que ele tinha comprado era coisa de boiola....

Frases bônus (ditas por alunos):

"Matei o cara com o machado!!!"
- Lenz, jogando quake e levantando durante a aula de prolog do Jauber

"P7, (pausa) tens sido um bom pai?"
- Dilson, o Moçambiquenho

Mais bônus (frases tradicionais e milenares da 992):

"Vai à merda!"
- SAUDAÇÃO992

"Obrigado."
- Resposta à SAUDAÇÃO992

"Eu voto no Sérgio!"
- Todo e qualquer voto em toda e qualquer votação da turma

"Você já deu um soco no Cabeça hoje?"
- CAMPANHA992 em homenagem ao Cabeça

"Manda P7!"
- Bastardos insistindo pra que eu mandasse pra lista os emails da discussão com o Edvardo


Se quiser ver a página histórica e original do Cabeça (vulgo Juliano), meta o mouse aqui.

sábado, 21 de junho de 2008

P7 Review: Assassin's Creed (PS3, Xbox 360, PC)

Confesso que antes de jogar Assassin's Creed, eu estava meio cético em relação ao jogo. Além de ler alguns reviews dúbios (e de duplo sentido), via em fóduns de discussão que uma boa parte da galerinha espertalhona que comprou o jogo não estava satisfeita.

Outro fator agravante é que não vou muito com a cara da Ubisoft (a produtora do jogo), que apesar de ter feito muitos jogos de sucesso ultimamente e ter lucrado toneladas de dinheiro, não me cativou ainda. Talvez quando eles pararem de lançar os jogos sem sal e sem açúcar do Tom Clancy todo mês eu mude de idéia. Na verdade, o único jogo deles que eu realmente gostei foi o Prince of Persia:The Sands of Time.

Mesmo com reclamações ali, defeitos acolá, e franzidas de testa daqui, aceitei o empréstimo deste jogo de um conhecido meu que insistia em dizer que Assassin's Creed era o melhor jogo que a humanidade já produziu em 547 anos de videogame. "Então beleuza, se eu não gostar é só devolver" pensei eu. Como diria o velho deitado chinês, Blu-ray emprestado não se olham os dentes.

Vamos, P7, não vai doer nada.

Então, comecei a jogar Assassin's Creed meio desconfiado, com um pé atrás e outro na frente, segurando uma cruz e uma estaca, e já esperando pra decidir se eu jogaria o jogo até o final ou se seria perda de tempo. A minha surpresa foi grande, quando vi que realmente valeria a pena ter a moral pra assumir o bagulho até o fim.

Mas afinal de contas, como diabos é o Credo dos Assassinos? Simples! É uma mistura de Prince of Persia, Grand Theft Auto e Metal Gear Solid.

O Chuck Norris fica pra próxima.

A história de Assassin's Creed, por increça que parível, se passa no futuro, onde um cientista maluco e sua não tão fiel assistente assim mandam o coitado do Sujeito 17 - também conhecido como Desmond - pro passado, pra pele de Altair, o cereal killer acrobático de capuz mais procurado do velho oeste. Graças à Ordem do Universo, na maior parte do tempo você jogará como o próprio Altair no século XII (1100 em binário), nas cidades vizinhas de Damascus, Acre e Jerusalém.

Durante o jogo, você deverá assassinar os desafetos do líder do Credo dos Assassinos, o profeta vovô com barba de profeta Al Mualim. Um dos grandes defeitos do jogo é que ele não tem opção de legenda (cortesia da nossa querida Ubisoft), então você aí que não entende bulhufas de ingrês vai ficar perdidão durante os diálogos.

Mas não se desespere. Apenas imagine que Al Mualim perdeu uma boa grana no pôquer de domingo e quer recuperá-la. Aí ele manda você (ou mais precisamente, Altair) pra transformar em presunto várias pessoas importantes da vizinhança.

É safado tem que morrer.

O que diferencia Assassin's Creed do resto dos jogos de Action Adventure é que ele é um jogo no estilo Sandbox. O estilo Caixa de Areia foi popularizado pela série Grand Theft Auto e denomina jogos não-lineares, onde você teoricamente não precisa seguir as missões em ordem e pode fazer diversas coisas entre as missões, ou simplesmente não fazer p**** nenhuma.

Para matar seus pobres alvos, Altair precisa fazer muita coisa. Primeiro, deve entrar na cidade onde o cidadão está. Depois, deve subir em uma torre para mapear o local (ou sincronizar) e descobrir pontos de interesse para investigar. Então, deve completar a investigação, que é na forma de mini-missões, como salvar algum cidadão, roubar itens, escutar conversas e o diabo a quatro. Aí, só após cumprir o mínimo das investigações e após obter a bênção do Assassin Bureau da cidade, ele poderá seguir até o seu alvo e mandá-lo pro inferno (ou não).

Vertigem é para os fracos.

As cidades são muito bem feitas, e no estilo GTA, cidadãos e cidadãs andam pra lá e pra cá, ocupados, cuidando de suas vidas e pensando na morte da bezerra. Os "policiais" do jogo também estão à espreita, e se Altair sair da linha (o que é inevitável), vai ter que decidir quem é mais macho na espada com eles.

A jogabilidade de Assassin's Creed é única. Para sair pulando de prédio em prédio, você só precisa manter alguns botões pressionados e movimentar o direcional pra onde você quer ir. Altair se movimenta agilmente. Ele pula, escala, sobe, desce e corre com facilidade pelos quase-arranha-céus das 3 cidades antigas. Tenho quase certeza de que ele é um dos ancestrais do Homem-Aranha e da Mulher-Gato.

Porém, o jogo não é só mil maravilhas. Depois de passada a euforia inicial, você vai se ver repetindo a mesma missão várias e várias vezes. Vá para a cidade A, suba nas torres B, C e D, faça as investigações E, F e G e mate o infeliz H. A próxima missão é igualzinha. E a próxima da próxima também.

Para matar, pegue sua senha e aguarde na fila

Durante o jogo, você vai ter que aguentar vários diálogos com o vovô Al Mualim e outros diálogos com o cabeça do Bureau de cada cidade. Em todos esses diálogos, não existe um jogo de câmeras, gesticulação dos personagens, música pra dar clima, ou nenhum esforço pra tornar as conversas mais atraentes. É simplesmente dois carinhas falando e você se esforçando pra ouvir. A história e os diálogos são até interessantes, mas a Ubisoft poderia ter explorado mais o lado cinemático da coisa.

Outro fator problemático de Assassin's Creed é a sua durabilidade. O jogo só possui o modo single player, sem opção de dificuldade (mais uma cortesia da nossa querida Ubisoft) e não possui modo online nem nada. Ou seja, quando você terminar o jogo single player, já era. Venda, guarde no armário ou empreste pra alguém. A não ser que você tenha muito saco pra fazer tudo de novo, você vai preferir deixá-lo guardado.

Resumindo, Assassin's Creed, no final das contas, é muito bom enquanto dura. É quase assim uma Brastemp, dá pro gasto. Mas não recomendo pra comprar. Porém, como eu não dei esse conselho há alguns meses atrás, bilhares de pessoas já compraram o jogo, então você pode tentar pegar um usado ou emprestado com alguém. E veja um trailer do Credo do Assassino no TuboVocê:



Ops, vídeo errado. Aí vai o vídeo certo:



AVALIAÇÃO DO P7

O que gostei:
- Depois que se aprende os comandos, navegar pela cidade é natural e divertido;
- O combate é muito bom. Você é obrigado a se defender e trabalhar os contra-ataques;
- Altair dá uns fatalities muito legais nos guardinhas, é bem cruel;
- Subir nas torres faz parte do gameplay, não é só decorativo. E depois você pode se jogar lá embaixo nos montes de feno.

O que não gostei:
- O jogo é fácil, extremamente fácil. Pra você, e eu e todo mundo jogar junto;
- A falta de legendas, e a voz dos caras é muito baixa;
- As missões são mesmo repetitivas (não há como negar);
- O tutorial do começo, as partes no futuro e ter que começar todas as missões da base são um pé no saco;
- Onde diabos estão os níveis de dificuldade, Ubisoft?

NOTA FINAL: 8.0

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Esporre

Sabe quem é Will Wright? É o sujeito que inventou o Sim City e o The Sims. O primeiro é um simulador de cidades e o outro é um simulador de cidadãos. Não sou lá grande fã desses jogos mas respeito o cara pelas boas idéias e pelo sucesso dos jogos.

Pois é, o tio Will atacou novamente. Ele e sua empresa, a Maxis (que já foi engolida pela megalomaníaca EA) estão produzindo o jogo Spore, que é bem mais ambicioso que os dois anteriores, já que se trata de um simulador da evolução de espécies.

Espere só até eles inventarem a bomba atômica

Diz a lenda que você começa o jogo com microorganismos e depois vai evoluindo eles, adicionando patas, olhos, asas e coisas do tipo aos poucos, até eles ficarem mais complexos. Depois de um bom tempo, eles até chegam no espaço e lutam contra criaturas de outros planetas. Muito interessante.

Pra alegria de todos, a malévola EA disponibilizou de grátis o trial do programa criador de alienígenas do Spore, o Spore Creature Creator, onde você (ou a sua tia) pode inventar o extraterrestre que quiser.

Crie seus monstrinhos simpáticos

Mas como o ser humano não presta mesmo e adora uma gozação, Spore já virou piada. A galerinha da pesada que adora aprontar as maiores confusões na internet está usando o criador do Spore pra criar monstros em formato de pênis. Isso mesmo. O pessoal tá barbarizando. Veja só:



Como comentaram por aí, ou os monstros têm pênis gigantes, ou os monstros são pênis gigantes. É a evolução, meu amigo.

Pra baixar o demo do criador de pênis, digo, de criaturas, meta o mouse aqui. A versão completa custa 10 doletas.

A alma do negócio

Veja o vídeo abaixo. É de uma propaganda da Nintendo do ano passado fazendo uma comparação entre o Playstation 3 e o Wii. O PS3 é a gorda feia à esquerda e o Wii é a gostosa pra carvalho à direita.



Se o seu ingrês anda very very bad, elas disseram coisas como:

Wii: Vruum! Vruum! Sou barata, fácil e divertida.
PS3: Coisas boas custam dinheiro. Já ouviu falar em Blu-Ray? É o futuro!

Olhando as duas e pensando com a cabeça de baixo, eu ficaria com o Wii, com certeza!

Já na vida real... bem, seria um pouco diferente.

Bonitinho, mas não é assim uma loira gostosa

"Mas e o Xbox 360?" - pergunta o visitante xenomórfico - "Como ele seria nessa propaganda?".

Bom... acho que seria uma mulher tão gorda e feia quanto a do PS3, só que um pouquinho mais velha. Ela também se mataria na metade do vídeo, tacando fogo em si mesma.

Putz grilla!

domingo, 15 de junho de 2008

WILSOOOOOOOOOOON!!!

Você está se sentindo sozinho? Ninguém quer passear com você no seu carro? Você vai pra faculdade, pra balada e pra padaria completamente alone? Até os seus melhores amigos recusam sua carona?

Seus poblemas acabaram!

Chegou o novo, revolucionário, simpático, amigo pra toda hora, o Boneco Wilson!

Wilson - seu melhor amigo

Somente com o Boneco Wilson você nunca mais vai passear sozinho e ninguém vai pensar que você é um loser. O Boneco Wilson viaja ao seu lado, sem nunca cansar, sem nunca reclamar, sempre disposto a ajudar. O Boneco Wilson é o melhor amigo do homem. E da mulher também!

Leve o Boneco Wilson para o supermercado, pro cinema, pro trabalho, pra casa da sua avó, enfim, para todos os lugares que você antes ia sozinho! Ligue djá e adquira o seu!

Você duvida que ele existe? Então dá uma zolhada aqui.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

P7 Review: The Eye of Judgment (PS3)

The Eye of Judgment é um jogo que traz o gênero de cartas colecionáveis (CCG) para o seu PS3. Botar um CCG em um videogame não é nenhuma novidade, porém, EOJ junta essas duas coisas de uma forma jamais dantes vista por nós, terráqueos.

Primeiramente, EOJ usa cartas de verdade, de carne e osso. O jogo já vem com 30 cartas, um booster (o famoso pacotinho) com 8 cartas, uma toalhinha que serve como tabuleiro, uma câmera (a famosa PS Eye), um suporte pra câmera, um canivete suíço, uma peneira, um travesseiro e um clips.

A televisão de alta definição e o Playstation 3 não vêm junto com o jogo, você deve comprá-los separadamente com o seu suado dinheirinho - ou arranjar uma namorada rica que compre pra você.

No jogo, o Olho usa sua visão de águia para reconhecer as cartas que você coloca na toalhinha, para no final das contas, brincar de juiz. A melhor parte é que ela apita muito bem, assim você não precisa mandar a câmera tomar no Eye do c* toda hora.

E como é o jogo propriamente dito? Simples! É uma mistura de Triple Triad e Magic: The Gathering.

A fórmula mágica da alegria.

Triple Triad é um minigame do Final Fantasy VIII onde você (ou a sua tia, se ela gostar de JRPGs) joga com cartas adquiridas no jogo em um tabuleiro 3x3. O objetivo é ocupar mais espaços que o seu oponente. As regras são simples e vareiam de região em região dentro do jogo, mas basicamente, toda vez que você joga uma carta no tabuleiro ela pode "capturar" cartas adjacentes sobre certas condições.

Magic: The Gathering é o primeiro, o maior e o melhor CCG das 7 galáxias. Para saber mais sobre o jogo dá uma zolhada aqui.

O tabuleiro do EOJ é no formato 3x3 (como no Triple Triad). Cada campo possui um elemento (fogo, água, terra, madeira ou biolith). Durante o jogo, na sua vez, você pode jogar uma criatura da sua mão em um dos campos, pagando seu custo de mana (como no Magic). As criaturas têm poder, resistência e certas habilidades (como no Magic). As criaturas possuem elementos também, e combinados com os elementos dos campos podem dar certos bônus à criatura. Ou não. Toda vez que uma criatura entra em jogo, ela ataca outra criatura que está em seu campo de ataque.

Seus bichinhos sedentos de sangre!

Antes do jogo, você deve montar um deck de 30 cartas e embaralhá-lo direitinho. Durante o jogo, você compra uma carta por turno, e você e seu oponente alternam turnos. O objetivo do jogo é ocupar 5 campos no final de seu turno, ou seja, ter 5 cartas no tabuleiro.

O legal do jogo é que quando uma carta é colocada no tabuleiro, a câmera a reconhece e a criatura representada na carta aparece na tela, no campo correspondente. Se ela atacar outra criatura, aparece uma animação bem detalhada do combate. Ou seja, as cartas ganham vida como no desenho do Yu-Gi-Oh.

Elfas também acordam de mau-humor.

O jogo não tem um modo single-player propriamente dito, mas você pode jogar contra o computador e escolher o deck que ele vai usar. Ele pode usar decks pré-construídos ou decks feitos pela sua tia. Porém, a grande maioria dos giocatores vai gastar suas horas restantes de vida no modo online (na linha). Você pode jogar partidas rankeadas ou desrankeadas(?) contra amigos, inimigos e ilustres desconhecidos do mundo inteiro.

Para evitar cheating, quando você joga online você não precisa embaralhar suas cartas. Em vez disso, o computador te diz quais cartas você deve comprar, ou seja, ele "embaralha" pra você. Porém, o jogo não é totalmente imune aos cheaters, pois dizem as más línguas que a câmera reconhece cartas impressas na sua impressora. Então, não é raro encontrar oponentes com decks formados só por cartas ultra-raras, provavelmente impressas.

Porém, não basta ter um deck bom, tem que saber jogar também. E nesse ponto o computador propõe um bom desafio pra você treinar. Aliás, antes de se aventurar online, é altamente recomendável treinar contra o computador. Só assim você não será sodomizado pelos viciados que estão disputando lugar no ranking.

Café da manhã, almoço, lanche e jantar.

Para melhorar seu deck, você "deve" comprar boosters, que vêm com mais cartas. Com uma quantidade maior de cartas pra escolher, menos difícil vai ser pra você fazer um deck decente. Outro dia eu mando dicas de como montar um deck bom.

Mudando de assunto (ou não), a trilha sonora do jogo é altos Heavy Metal (is the law), dá um climão pro jogo. Durante a batalha a coisa se mantém calma, mas basta alguém dar um check que a música fica mais frenética. Interessantemente, as criaturas falam abobrinhas ou grunhem quando são evocadas, quando atacam, quando são atacadas, etc.

Resumindo, The Eye of Judgement é um ótimo jogo para os aficcionados em jogos de cartas. Pra quem gostou do Triple Triad ou pra quem joga Magic, Pokémon, Yu-Gi-Oh e o escambau, o jogo é altamente recomendável. Para os não-aficcionados, eu não faço a menor idéia. De qualquer jeito, é bom experimentar antes ou ver alguns vídeos do TuboVocê pra ver o jogo em ação. Como esse aqui, que dá uma visão geral das regras:



AVALIAÇÃO DO P7

O que gostei:
- Jogo inovador, combina cartas e videogame de uma maneira inédita;
- O jogo é suficientemente complexo pra manter o interesse do cara por bastante tempo;
- Mesmo sem ter muita necessidade disso, os gráficos são bons e as animações bem feitas;
- Dá pra desligar as animações pra deixar o jogo mais ágil;
- O modo online é bem feito e sempre tem gente jogando.

O que não gostei:
- Dependendo da iluminação no recinto, a câmera não consegue reconhecer direito as cartas, o que incomoda;
- A falta de um modo single player decente;
- O preço. Pra melhorar seu deck é preciso comprar cartas e mais cartas e gastar muita grana. Ouch!

NOTA FINAL: 8.5

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Introdução (com cuidado pra não doer)

Olá, meu nome é P7. Nunca tive vontade de escrever um blog. Porém, tenho certo gosto pela escrita e ando um pouco enferrujado. Aí, resolvi criar um blog pra colocar minhas idéias pra fora e...

(blá blá blá informações desinteressantes e desnecessárias blá blá blá)

...mas na verdade o grande motivo por trás disso é o AdSense! Ou não. De qualquer jeito, quando eu tiver paciência eu vejo direito como funciona.

Por falar nisso e aproveitando que o lançamento do Metal Gear Solid 4 é dia 12 (mais precisamente, na quinta feira), lembrei de uma teoria da conspiração apresentada no jogo Metal Gear Solid 2 sobre a evolução humana.

Resumindo resumidamente, a organização chamada Patriots controla o mundo e quer filtrar informações inúteis da internet, pois isso estaria desencadeando a diminuição da taxa de evolução humana.



Como diabos isso estaria acontecendo? Explico: através dos tempos, as informações importantes passadas de geração em geração foram cuidadosamente filtradas. Ciência, Religião, Cultura... Essas e outras coisas formaram o que eu e você conhecemos como História.

Porém, hoje em dia, com a proliferação desenfreada de sites, blogs inúteis (como este aqui), publicações e programas de tv que falam sobre coisas cada vez mais banais, essa "filtragem" está dimuindo. A seleção natural está diminuindo. Lixo está sendo passado de geração em geração.

Ou seja, teoricamente, eu e você, escritor e leitor de um blog que poderia ser classificado como inútil, estamos juntos ajudando a afundar a raça humana. Parabéns!

É só isso que eu tinha a dizer por hoje. Outro dia tem mais.

"Cake and Grief Counseling will be available at the conclusion of the test. Thank you for helping us help you help us all."